quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mais que mil palavras?

Uma foto em preto e branco. Soldados ao fundo, crianças correndo com olhares assustados em primeiro plano. Uma dessas crianças, uma menina, está nua e chora convulsivamente. É possível ver, como um plano de fundo, a cidade que um dia foi o lar dessas crianças, devastada. Essa imagem ficou conhecida como uma perfeita representação do horror que foi a guerra do Vietnã. Uma única imagem foi capaz de transimitir ao mundo a situação na qual os vietnamitas se encontravam durante a guerra.
Esse fato é um exemplo claro da importância, influência e impacto que uma imagem pode ter sobre o expectador. Atualmente, vivemos em um mundo no qual cada vez mais a vida acelera-se com as atividades e compromissos do dia-a-dia e o simples ato de sentar-se e ler o jornal tonou-se uma árdua tarefa consumidora de tempo. Por essas e outras razões, a forma de transmitir e receber notícias teve de ser alterada, pois a necessidade do ser humano de conhecer e ser conhecido não mudou.
Fotografias, pinturas e curta-metragens são os novos recursos criados pelo homem para se comunicar. As imagens atendem as novas necessidades do homem contemporâneo e muitas vezes podem fazer com que sentimentos aflorem mais intensos do que em um texto. Quando faltam palavras, as imagens podem revelar muitas delas. Por outro lado, um filme nunca seria capaz de superar um livro no quesito riquesa de detalhes, mas na era da velocidade na qual vivemos hoje, poucas pessoas param para ler um livro com atenção.
Com toda a tecnologia existente nos dias de hoje muitos recusrsos, como o telefone, já são considerados absoletos. Os meios de comunicação tornam-se cada vez mais rápidos, porém poucas coisas conseguem substituir uma boa conversa pessoalmente. As imagens podem ter substituído longos textos, mas não serão mais representativas que boas histórias lidas antes de dormir.

Cidades.

As cidades são pequenos fragmentos de cada país que guardam diversas formar de cultura, diferentes formas de movimentações, tensões e encontros. Cada cidade tem suas próprias características, que variam de acordo com o momento histórico de sua fundação, as pessoas que ajudara a construí-la e torná-la o que é, as influências que sofreu durante sua formação.
Cidades como São Paulo, Nova Iorque, Tóquio, Londres, Paris são mais do que simples cidades. Esses locais são os cenários principais de grandes transações econômicas, abrigam grandes museus, restaurantes, são pontos de referência cultural e econômica. Essas cidades são os pilares econômicos de seus respectivos países. Devido a toda essa dinâmica em um espaço relativamente pequeno, esse ambiente está em constante mutação devido as ações de seus habitantes, que sofrem influência de outras culturas e espalham a sua própria.
Todas essas mudanças que acontecem dentro de uma cidade são consequências do momento que sua população vive. Atualmente temos presenciado a aceleração do fluxo de pessoas, mercadorias, finanças e isso é consequência da intensa globalização pela qual o mundo vem passando. A globalização possibilita a abertura dessas cidades para outras partes do mundo, transformando-as em cidades globais, ou seja, centros comerciais, políticos, econômicos e culturais.
Cada pequeno pedaço de cada cidade é visto e sentido de uma maneira pela parcela da população que lá vive. Em todo bairro e vila que constituem uma cidade estão as pessoas que darão vida a cidade e serão envolvidas por seu desenvolvimento, pois terão mais oportunidades de emprego, maior acesso a educaçãol saúde. Todo o desenvolvimento de uma cidade será refletido na qualidade de vida de sua população.

Nem tudo é verdade. Nem tudo é mentira.

A mentira é uma questão discutida há séculos. É possível encontrar referências a esse corriqueiro hábito humano desde a Bíblia até em teorias de grandes filósofos, como Maquiavel. Atualmente, podemos facilmente achar um artigo em jornal ou revista aonde as mentiras contadas por políticos são explicitadas.
O que causa tanto inquietamento com relação ao ato de mentir é até que ponto é certo e aonde a mentira passa a ser mais um instrumento para proveito próprio. Seria facilmente aceita a mentira dita por uma mãe para proteger um filho, mas, se esse mesmo garoto mentisse à sua mãe para encobrir sua namorada, com certeza estaria em maus lençóis quando a verdade viesse a tona. E é isso o que acontece na maioria das vezes, a verdade aparece.
Diante de uma sociedade que julga os excluídos e acolhe os supostos detentores da verdade, só nos resta saber usar palavras certas para mentir com classe (assim como a maioria dos políticos) ou contar a verdade com palavras simples e aguentar as consequências... Que com certeza virão.

domingo, 21 de março de 2010

Quê?

Em cima de uma estante havia um único objeto. Uma foca pquena - com cores que variavam do caramelo ao preto, olhos escuros, longos bigodes que chegavam a ter uma leve curvatura e uma etiqueta que um dia fora branca - olhava para o quarto silencioso. A foca tinha um nome: Puff.
Um pequeno feixe de luz prateado iluminou os olhos de Puff e Olivia teve crteza de que iria ver o que tanto esperava. Como em um filme, a foca que Livvy havia ganhado do pai quando tinha cinco anos, começou a ganhar vida. Olivia conseguia ver o tórax felpudo da foca encher-se de ar e o pequeno feixe de luz se expandir, dando vida àqueles olhos compreensivos.
Uau, por quanto tempo fiquei apagada?, pensou a foca e aos poucos seu olhar foi se focalizando na menina sentada em cima da cama, com olhos ansiosos. Puff respirou fundo.
- Venha aqui me pegar. Temos muito o que conversar, garotinha.
Olivia levantou-se e pegou a foca entre as mãos. Seus braços e pés mexiam-se, inquietos, ao sentar-se na cama novamente.
- Bom, é o seguinte: dentro de dois anos, ou seja, em 2012, o muundo sofrerá uma grande alteração. Não vai acabar, como dizem os filmes norte-americanos, mas vai mudar. É claro que vai. Vocês, humanos, acham que podem acabar com tudo e ficar na boa. Isso não acontecerá. Olivia, preste atenção! Não estou lhe falando para salvbar o mundo, apenas para tentar passar essa mensagem para outros.
- Quê? - Olivia sentia-se confusa.
- Você e todos os outros jovens são o futuro do planeta!
- Ahn? Ora, por favor, não me venha com essa história. Eu pensei que você iria brincar comigo. - Livvy deu um suspiro e jogou a foca no baú. Estava cansada daqueles brinquedos.